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Por que é importante falarmos sobre o luto pet?

Por Fabiana Witthoeft

Atualmente as estruturas familiares estão se recriando, e trazendo novos modelos para nossa sociedade. Além do crescimento de casais que optaram por não terem filhos, temos o envelhecimento mais solitário e adultos que optam por morarem sozinhos. A vida e as relações humanas se tornaram mais complexas, tornando o vínculo de amor e companhia entre tutores e pets único e especial. Se analisarmos esta relação, vamos conseguir observar que ela cumpre muitas necessidades de apego, que muitas vezes não são encontradas em outras pessoas. A companhia dos pets e as expressões de afeto são integrais, não nos julgam ou criticam, não há a existência de exigências ou conflitos. Em que demais relações, conseguimos encontrar estas características? Em um mundo competitivo, violento e repleto de ausências, são os pets que muitas vezes nos arrancam sorrisos e nos fazem acreditar que sempre haverá arco-íris.

Foto: Banco de imagens/pexels

Devido a essa importância em vida, se faz necessário olhar para suas partidas e ausências. Muitas pessoas me perguntam: qual a diferença no atendimento do luto humano e luto pet? Frente as mudanças no estilo de vida e nos formatos familiares existentes, eu diria que nenhuma. Os pets perderam os postos de quintal de casa para conviverem em momentos diários com a família. Como ou por que separar as emoções difíceis vividas pela perda de um pet, se muitas vezes o vínculo e o tempo de convivência diária são maiores do que com qualquer outro membro da família ou amigos?

Portanto, apesar de algumas características comuns vivenciadas no processo do luto pet, temos todas as semelhanças e vivências do processo de luto humano, e por isso seu alcance e importância deve ser ampliado, valorizado e reconhecido constantemente. Já está mais do que na hora de desclassificarmos o luto pet dos lutos não reconhecidos, pois o reconhecimento desta relação de amor já ultrapassa barreiras óbvias e significativas.

Fabiana Witthoeft é formada em psicologia pela PUCPR há mais de 20 anos. Iniciou sua carreira direcionada para o luto e perdas em 2016, após a perda do seu pai no fim de 2015. Desde então, realiza atendimentos às pessoas enlutadas e também a pacientes em cuidados paliativos e a seus respectivos familiares. Se atualiza constantemente onde busca cursos que ocorrem na instituição de sua formação e, em institutos internacionais mundialmente reconhecidos como o Instituto Portland Institute For Loss and Transition. Além das formações direcionadas para o luto, Fabiana também possui curso de terapias baseadas  em Mindfulness pelo Centro de Psicologia Positiva e Mindfulness do Paraná.

 

Revisão: Vaticano

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