Se você teve um pai presente e forte, que fazia o mundo ser um lugar mais seguro, vai lembrar que o dia dos pais está chegando. Datas de aniversário ou comemorações específicas, geralmente podem se tornar gatilhos de saudades e dor. Mas é possível utilizar destes gatilhos acionados por datas, como formas de manter o vínculo contínuo de amor. Pequenas homenagens (como um brinde em seu nome no almoço em família), aproximações com lugares ou preferências que seu pai tinha, memórias acolhedoras, declarações em redes sociais. A angústia e tristeza das memórias do processo da perda e o momento derradeiro do fim, podem serem transformados em amor e gratidão, através de homenagens e autocompaixão.
Neste dia dos pais, além de abraçarmos aqueles que convivem com a ausência de seus pais ou da representação deles, precisamos lembrar também de todos os pais que convivem com a ausência dos seus filhos.
A todos que quiseram exercer este papel, mas que não tiveram a oportunidade de o ser. A todos os pais de pets, que convivem com a não validação de seus sentimentos. A tudo que representa segurança e porto de seguro.
Um abraço bem apertado!
Fabiana Witthoeft é formada em psicologia pela PUCPR há mais de 20 anos. Iniciou sua carreira direcionada para o luto e perdas em 2016, após a perda do seu pai no fim de 2015. Desde então, realiza atendimentos às pessoas enlutadas e também a pacientes em cuidados paliativos e a seus respectivos familiares. Se atualiza constantemente onde busca cursos que ocorrem na instituição de sua formação e, em institutos internacionais mundialmente reconhecidos como o Instituto Portland Institute For Loss and Transition. Além das formações direcionadas para o luto, Fabiana também possui curso de terapias baseadas em Mindfulness pelo Centro de Psicologia Positiva e Mindfulness do Paraná.