Enterrar os mortos é um processo que existe desde a existência do ser humano na terra. Ou seja, é tão antigo quanto o próprio ser humano. Existem afirmações que por conta das escavações arqueológicas, o primeiro cemitério surgiu em 6000 a.C. E a palavra cemitério (do termo latino) era o local onde se dormia (significava “pôr a jazer”, ou “fazer deitar”) e posteriormente ganhou sentido de necrópole, que significa campo de descanso eterno. Com o passar do tempo surgiram muitas formas de enterrar as pessoas que morriam. E hoje, são utilizados quatro tipos de cemitérios:
Cemitério horizontal
Foto: Cemitério Municipal São Francisco de Paula – Curitiba
Este tipo é o mais comum e mais antigo que existe. Nele os corpos são sepultados de forma subterrânea e possuem uma área aberta com túmulos e jazigos, geralmente de mármore. Nos mais antigos é comum encontrar grandes construções, estátuas e mausoléus.
Cemitério vertical
Foto: Cemitério Vaticano de Almirante Tamandaré
O cemitério vertical aproveita muito bem a área do ambiente, pois são gavetas, uma em cima da outra, onde os falecidos são sepultados. Esse formato está cada vez mais substituindo os cemitérios horizontais, por conta de ser um modelo que ocupa menos espaço, principalmente nas cidades grandes. Hoje, esse cemitério é muito comum no Japão.
Cemitério jardim ou parque
Foto: Cemitério Vaticano de Itajaí – jardim
Foto: Cemitério Vaticano de Itajaí – jardim
Foi instalado no Brasil na década de 60 e possui áreas verdes, com árvores e bosques, entre outros atrativos naturais. Os jazigos são subterrâneos cobertos por gramas e não é permitido a construção de túmulos para cima do solo, justamente para preservar o espaço verde. Essa instalação proporciona aos visitantes passear pelo local e aproveitar a natureza.
Cemitério Ecológico
Foto: Cemitério Vaticano de São José – cemitério ecológico
Foto: Cemitério Vaticano de São José – cemitério ecológico – jazigos com linhas de descontaminação sem agredir o meio ambiente
Na ausência de ar é muito comum nos jazigos aumentar o crescimento dos microrganismos anaeróbicos que é o processo de decomposição dos corpos que resulta no necrochorume (líquido viçoso e mal cheiroso) que vaza por pontos mal vedados dos jazigos. O necrochorume é o responsável por contaminar o solo e transmitir doenças como a hepatite. É um problema que atinge os cemitérios convencionais. Porém, os cemitérios ecológicos buscam preservar a natureza onde buscam alternativas como urnas biodegradáveis para cinzas de cremação, plantam árvores junto com as cinzas. Nos Cemitérios Vaticano os jazigos possuem um caráter totalmente ambiental, por conta de seus materiais serem totalmente recicláveis, pois são feitos de garrafas pets e caixas de leites. A principal inovação deste modelo é a linha de descontaminação instalada em todas as gavetas. Não deixando vazar para o solo o necrochorume.
Texto Alethea Corrêa